quarta-feira, 6 de junho de 2012

Sepultura...

Hoje falaremos da banda que mais bem representa o Metal brasileiro, falaremos do Sepultura. É a banda brasileira que tem a maior repercussão mundial. Criada em 1984 pelos irmãos Max e Igor Cavalera em Belo Horizonte a banda conta, em toda sua história, com 12 álbuns de estúdio, 2 álbuns ao vivo, 4 compilações e 5 EP's.


Grande fã de Motörhead, Max Cavalera escolheu esse nome para a banda após traduzir uma música da banda. A primeira formação do Sepultura tinha, além de Max na guitarra e Igor na bateria, Paulo Jr. no baixo e Wagner Lamounier nos vocais e na guitarra. Essa formação passou por várias modificações antes que a banda começasse a aparecer nacionalmente e internacionalmente e era, inicialmente, dita como uma banda de Death Metal.

Após essas várias mudanças e o lançamento de um "Split LP" (Bestial Devastation com Overdose), a banda lança, finalmente, em 1986, o álbum Morbid Visions. É um álbum de Death Metal com certo caráter satânico, apesar de muito fraco, é indispensável para os fãs da banda, que o consideram como uma introdução modesta, que não demonstra o que a banda viria a ser futuramente.

Após o lançamento desse album, o Sepultura se modifica novamente e, nesta formação: Max Cavalera (vocais e guitarra), Igor Cavalera (bateria), Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Jr (baixo), que a banda alcança o sucesso e lança seus álbuns clássicos. O primeiro album dessa formação é "Schizophrenia", em 1987. É um álbum mais concentrado no Thrash Metal, diferentemente de seu anterior e é bem mehor produzido.


O terceiro álbum do Sepultura é o "Beneath the Remains", em 1989, é um álbum constante, onde o Sepultura começou a construir seu estilo dentro do Thrash Metal, mais técnico rápido e pesado com letras críticas e políticas, foi o estilo que marcou a banda em sua trajetória até o sucesso. O álbum contem várias músicas exepcionais da banda, com destaque para "Inner Self". O álbum chegou a ser comparado por alguns com "Reign In Blood" do Slayer. Após o lançamento do "Beneath The Remains" a banda saiu, pela primeira vez, em turnê fora do Brasil acompanhando a banda Sodom em vários shows fora na europa e nos EUA.

Após despertar a atenção de vários países e críticos, o Sepultura lançou "Arise", em 1991, que recebeu críticas positivas e é considerado pelos fãs o melhor álbum da banda. Para promover o álbum, a banda fez uma turnê que teve mais de 200 shows e que acarretou no primeiro disco de ouro do grupo. Após a turnê, foram totalizadas mais de 1.000.000 de cópias vendidas em todo o mundo, era um marco na história da banda.

 

Os próximos dois álbuns que sucederam o tão glorioso "Arise", serviram para consolidar o sucesso conquistado pelo Sepultura. O primeiro "Chaos A.D." revelou um Sepultura um pouco diferente ritmicamente falando, com influências culturais brasileiras e um som mais groove, porém o álbum é considerado um dos melhores da banda contendo músicas marcante, como a épica "Refuse/Resist" e a instrumental "Kaiowas", homenagem a tribo brasileira de mesmo nome.

"Roots" veio logo após "Chaos A.D." é também um álbum exepcional, ficou marcado por realmente misturar o Thrash Metal com músicas tipicamente brasileiras como no anterior, mas nesse, era mais evidente. Seu aspecto diferente dos álbuns antigos não agradou muito a alguns fãs mais antigos. O álbum é uma referencia para algumas bandas de nu metal e contém a música mais conhecida da banda "Roots Bloody Roots".

Após o grande sucesso que o Sepultura veio carregando de "Arise" até "Roots", a banda passou por turbulências internamente até que em dezembro de 1996, uma notícia abalou o rumo da banda, Max Cavalera saíra do Sepultura. Ocorreram várias discussões entre os integrantes da banda até que eles decidem demitir a empresária e esposa de Max, Glória Cavalera por não apresentar a banda de uma forma em que todos os indivíduos do grupo aparecessem, era dado um foco a Max. Com a demissão de Glória, Max se sentiu traído e abandonou o grupo, que se viu em uma situação nada agradável, na qual o futuro estava indefinido. 


A banda teve que se adaptar à um novo som, já que tinham agora apenas um guitarrista. Andreas Kisser até que tentou cantar, mas após um experiência não muito agradável, a banda saiu em busca de um novo vocalista. Um longo processo de seleção teve então início, e ao fim desse processo, Derrick Green era o novo vocalista do Sepultura.


Já com o novo vocalista, o Sepultura lançou o "Against", um álbum que apresenta uma sonoridade muito parecida com o seu antecessor. O disco traz músicas com influências tribais, com pequenas referências à música brasileira e contou com diversas participações especiais. Mas apesar de muito parecido com "Roots", o "Against" não alcançou o mesmo sucesso comercial e crítico.

Em 2001, é lançado o "Nation", um álbum que obteve maior sucesso na crítica especializada do que o "Against", mas que mesmo assim fica longe de mostrar um Sepultura com a mesma qualidade de tempos anteriores. O disco é normalmente esquecido pelos fãs, já que não acrescenta absolutamente nada de novo na carreira da banda. O álbum seguinte, "Roorback" deixa as influências tribais totalmente de lado, e apresenta um Sepultura um pouco mais limpo(se é que isso é possível). Sendo bastante criticado pela mídia e pelos fãs, o disco fecha a pior fase do Sepultura, que começou com "Against".


Em 2006 é lançado o "Dante XXI", o primeiro álbum conceitual do Sepultura. O disco fala sobre a Divina Comédia, livro de Dante Alighieri. Considerado pela grande maioria dos fãs como o melhor álbum da nova fase da banda, o álbum foi muito elogiado por ser um disco quente, com graves fortes, que soa quase como uma banda ao vivo, e por misturar as mais diversas sonoridades que a banda teve, chegando a passar de Death à Thrash entre uma faixa e outra.

Apesar de ter gravado o álbum em estúdio, Igor Cavalera quis sair da banda, e não participou da turnê de divulgação do disco. A saída de Igor da banda foi traumatizante para os fãs que ainda tinham esperanças do retorno de Max, agora a banda nao tinha nenhum dos seus 2 principais membros originais. Igor, que é considerado por muitos um dos melhores bateristas do Brasil e do Mundo, iria mais tarde se juntar novamente com seu irmão, mas dessa vez, fora do Sepultura, formando o Cavalera Conspiracy (mas isso é um assunto pra outro dia).


Mas a banda não se abalou com a saída do baterista, e contratou logo Jean Dolabella para ocupar o cargo. O primeiro disco sem Igor, foi mais um álbum conceitual, que recebeu o nome de "A-Lex", e é baseado no livro "Larânja Mecânica". O disco traz de volta as influências da música nacional nas composições da banda, e foi bem aceito pelos fãs. O ponto mais criticado é claro, foi a percussão, pois apesar de Jean ter feito um grande trabalho com as baquetas, Igor Cavalera era e ainda é, insubstituível.

Em 2011, a banda lançou o seu décimo segundo álbum de estúdio, o Kairos. O disco foi bem recebido pela crítica e pelos fãs, e mostra que o Sepultura não precisa dos irmãos Cavalera para produzir um grande disco. Após alguns shows da banda para divulgação do disco, o baterista Jean Dollabella deixou a banda, e para seu lugar, foi contratado Eloy Casagrande, um garoto de apenas 20 anos, notável por seu trabalho com André Matos. Atualmente a banda está em turnê, e nos resta esperar e torcer por mais um grande álbum dessa maravilhosa banda nacional.


Top 10 Melhores Bateristas...




10 ° - Joey Jordison (Slipknot)

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9 ° - Igor Cavalera (Cavalera Conspiracy)
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8 ° - Steven Adler (Appetite Adler)
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7 ° - Dave Lombardo (Slayer)
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6 ° - Lars Ulrich (Metallica)
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5 ° - Roger Taylor (Queen)
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4 ° - Ian Paice (Deep Purple)
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3 ° - Charlie Watts (Rolling Stones)
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2 ° - John Dolmayan (System of a Down)
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1 ° - Bill Ward (Black Sabbath)

Top 10 Melhores Baixistas...



                                                    10 
° - Phil Lynott (Thin Lizzy)
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                                                   9 ° - John Deacon (Queen)
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                                                     8 ° - Tom Araya (Slayer)
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                                               7 ° - Cliff Burton (Metallica)
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                                                 6 ° - Steve Harris (Iron Maiden)
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                                                5 ° - Lemmy Kilmister (Motörhead)
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                                                      4° - Les Claypool (Primus)
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                                                 3 ° - Flea (Red Hot Chili Peppers)
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                                           2 ° - Shavo Odadjian (System Of A Down)
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1° - Pau Dedrick Gray (Slipknot)  
                    
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Iron Maiden!



O Iron Maiden é mundialmente conhecido atualmente, tendo lançado 15 álbuns de estúdio, entre eles alguns dos maiores sucessos do Heavy Metal mundial. Mas para atingir esse patamar de lenda, a banda passou por várias dificuldades, e viveu os seus 5 primeiros anos em total obscuridade. Tudo começou em 1975, quando o jovem baixista Steve Harris (na época com apenas 19 anos) deixou a sua antiga banda, Smiler. Antes de decidir formar sua própria banda, Harris levou as suas composições para várias bandas de Londres e de cidades ao redor, mas foi rejeitado em todas. Steve então decidiu que iria ter a sua própria banda.


No dia 25 de Dezembro de 1975, nascia o Iron Maiden. Harris fez praticamente tudo sozinho, foi ele quem decidiu o nome, quem desenhou o logo, e quem organizou as audições para novos membros. Na verdade, nessa época, a banda só tinha Steve como membro.Quando o Iron Maiden finalmente tomou o corpo de uma banda, a formação original tinha além de Steve Harris, Paul Day (Vocais), Dave Sullivan e Terry Rance (guitarras) e Ron Matthews (bateria). Mas essa formação não durou muito.

Os primeiros anos da banda foram muito difíceis, e a banda levou quase 2 anos para ter uma formação estável. Entre 75 e 77, Harris demitiu 8 membros do Iron, e quando a banda se estabilizou, em 1977, a formação era completamente diferente da de 1975. A banda era composta por Dave Murray (Guitarra), Thunderstick (Bateria), Dennis Wilcock (Vocais) e Steve Harris (Baixo).

Na época, a donzela fazia shows em bares e pubs, e foi nesse cenário,  que o Iron fez os 2 shows mais importantes de sua carreira. O primeiro deles, realizado no Bridgehouse, foi um fracasso total, com diversos erros do baterista, e alguns palavrões dirigidos pelo mesmo em direção ao público. Após o show, o vocalista da banda se demitiu, o que deixou a banda em uma posição muito desconfortável.

O próximo show, foi o lendário show realizado no Green Man, show no qual o Iron Maiden se apresentou como um trio, com Steve nos vocais. Tocando para cerca de 3 dezenas de pessoas, o Iron mudou a sua história, e logo após o show, assinou o seu primeiro contrato com uma gravadora. Também após o show, Steve Harris demitiu Thunderstick e contratou Doug Sampson para o cargo.


Como um trio, a banda não se apresentava mais ao vivo, e passou meses apenas ensaiando. No final de 1978, Harris trouxe para a banda o vocalista Paul Di'Anno, o que mudou drasticamente o estilo da banda. Até Paul entrar na banda, a donzela tocava apenas Heavy Metal tradicional, mas com Di'Anno nos vocais, a banda tomou um novo rumo, misturando Punk Rock com Metal, formando um som totalmente novo.

No Ano Novo de 1978/1979, a banda gravou uma demo, e mandou para donos de clubes. Um deles, dono da Bandwagon Heavy Metal Soundhouse, gostou da fita, e após tocá-la várias vezes no clube, entrou em contato com a banda, e resolveu lançar a demo sob o nome de " The Soundhouse Tapes". Essa demo tinha 3 faixas, e vendeu todas as suas cópias facilmente.


Durante o ano de 1979, o Iron Maiden passou por mais dificuldades. A banda teve 3 guitarristas secundários durante esse ano, e além disso, Doug deixou a banda, deixando-a sem baterista. No final do ano de 79, Dennis Stratton finalmente assumiu o posto de guitarrista base da banda, e Clive Burr assumiu a bateria. Após muito ensaiar com essa formação, o Iron finalmente estava pronto para lançar o seu primeiro álbum, 5 anos após a sua formação.


Já nessa época, em todos os shows da banda, havia uma presença não usual no palco. Uma cabeça, sim, uma cabeça feita de lata, que se movimentava e soltava sangue falso. A cabeça ganhava cada vez mais destaque, e foi apelidada de "Eddie, The Head", pelos poucos fãs que a banda tinha. Eddie ganhou corpo nas mãos de Dave Beasly, e fez a sua primeira aparição na capa do single Running Free. Para o primeiro disco da banda, a capa não seria completa sem a aparição de Eddie. Hoje em dia, o zumbi é um símbolo do Heavy Metal, e é, talvez, mais conhecido do que qualquer membro da banda, mas nas primeiras capas que fez, Eddie causou muita polèmica, mas isso não vem ao caso.

O álbum "Iron Maiden", foi lançado em Abril de 1980, e foi aclamado pelo público e pela crítica. O disco é um clássico da banda, e contém músicas como as excelentes "Charlotte the Harlot" e "Phantom Of The Opera", além do hino da banda, a música "Iron Maiden", e do hino da NWOBHM, a faixa "Running Free". O disco tinha uma pegada Punk, e era extremamente rápido, cru e direto.


Dennis deixou a banda, e em seu lugar, entrou Adrian Smith. Adrian e Dave formam uma das mais fantásticas duplas de guitarristas que o mundo já viu, e foi com ela que a banda lançou "Killers", em 1981. O segundo disco da banda, é o mais pesado de todos, e é tão rápido quanto o primeiro. O álbum foi o primeiro da banda a alcançar sucesso internacional, com músicas como "Killers", "Genghis Khan" e a fantástica "Wrathchild".

A donzela estava fazendo sucesso em países fora do Reino Unido, o que exigia um comportamento exemplar da banda. Paul Di'Anno não cumpria essa exigencia, pois era viciado em cocaína, o que o diferenciava muito do resto da banda, que apresentava um comportamente responsável. Para assumir os vocais da banda, Harris contratou Bruce Dickinson, ex-vocalista do Samson.


A voz de Bruce encaixou perfeitamente na sonoridade da banda, e já com o novo vocalista, a banda lançou o seu álbum de maior sucesso, o "The Number Of The Beast". O disco lançado em 1982 fez a banda virar alvo de acusações religiosas, o que fez a banda crescer ainda mais. Foi após esse álbum, que o Iron realizou a sua primeira turnê a nível mundial. "The Number Of The Beast" contém sucessos absolutos da banda, como "Hallowed Be Thy Name", "Run To The Hills" e a faixa-título. Além de músicas excelentes, que não são tão reconhecidas, como "22 Acacia Avenue" e "Children of the Damned" .

Ainda em 1982, Clive Burr deixa a banda por problemas pessoais, e quem assume as baquetas é Nicko McBrain. Estava em ação, a formação clássica do Iron Maiden. Em 1983, foi lançado o quarto álbum de estúdio da banda, o "Piece Of Mind", disco que assim como o seu antecessor, deixava a o Punk de lado, e apresentava um Heavy Metal cada vez mais puro. O cd mantêm o alto nível e apresenta músicas fantásticas, como "Flight Of Icarus" e "Where Eagles Dare". O disco contém também aquela que provavelmente é a música mais famosa da banda, a psicodélica "The Trooper".


Após dois álbuns de sucesso mundial, o Iron Maiden já era conhecido como uma das maiores bandas do mundo, e conquistava novos fãs a cada dia, mas o auge da banda ainda iria chegar, a donzela ainda tinha o seu melhor guardado. Com o sucesso estrondoso, os álbuns do Maiden ganharam visibilidade, e isso facilitou os novos lançamentos, e os 3 álbuns seguintes do Iron, são considerados pela maioria dos fãs da banda, como os 3 melhores.

Em 1984, o Iron lançaria o "Powerslave". Se os dois álbuns anteriores eram mais limpos a cada faixa, o quinto álbum da banda se tornou Heavy Metal Puro, tão puro como o Heavy Metal oitentista pode ser. O disco é o máximo que a banda se aproximou da perfeição, em termos técnicos. O disco conta com músicas como "Aces High", "2 Minutes To Midnight", "Powerslave", e "Rime Of The Ancient Mariner", uma belíssima canção, com mais de 13 minutos de duração.


Em contraste com o disco de puro Heavy Metal que foi o "Powerslave", o Maiden lançou, em 1986, um álbum totalmente experimental, o "Somewhere In Time". Apesar de fugir um pouco da sonoridade do Maiden, o disco é perfeito em sua proposta, e muito bem recebido. "Heaven Can Wait", "Wasted Years" e "Stranger In A Strange Land" são músicas lembradas como grandes sucessos do Maiden até hoje?

Em 1988, um álbum ainda mais experimental. "Seventh Son Of A Seventh Son" faz o uso de teclados e sintetizadores, e se "Powerslave" é o o auge do Iron em termos sonoros, "Seventh Son Of A Seventh Son" é o auge da banda em termos líricos. O disco é conceitual, e conta uma história com perfeição, aonde todos os capítulos se juntam para formar uma só magnífica história, de modo que é impossível destacar as principais faixas do disco. Esse é o último álbum clássico da carreira do Iron, e fecha a era de ouro da banda.


O Iron tinha ficado muito tempo sem fazer nenhuma modificação, mas após o sétimo álbum de estúdio da banda, Adrian Smith saiu, dando lugar à Janick Gers. O Iron Maiden resolveu voltar às origens, com um som mais pesado e rápido. Mas o resultado não saiu como o esperado, "No Prayer For The Dying" é o disco mais fraco da banda, sendo simples demais, mas mesmo em um disco fracassado existem músicas boas, "Bring Your Daughter...To The Slaughter" e "Holy Smoke" são provas disso.

Lançado em 1992, "Fear Of The Dark" é mais um álbum fraco, longe de atingir a qualidade dos clássicos do Maiden, mas que mesmo assim, fez muito sucesso. Esse sucesso se deve, em parte, às baladas contidas no disco, já que músicas como "From Here To Eternity" e "Wasting Love" tornam o disco audível para pessoas que não são fãs de Metal. Mas como todo disco do Iron Maiden, existem canções boas, como "Afraid To Shoot Strangers", "Judas Be My Guide" e a lendária "Fear Of The Dark".


Em 1993, uma decepcionante notícia para os fãs da Donzela, Bruce Dickinson iria deixar a banda para seguir carreira solo. O escolhido para substituir Bruce foi Blaze Bayley, ex-vocalista do Wolfsbane. Os fãs não gostaram nem um pouco, a voz de Bruce já tinha se tornado uma marca do Maiden, e substituído, não ia ser uma missão nada fácil.


O primeiro teste verdadeiro para Blaze saiu em 1995, com o novo álbum, "X Factor". O disco foi altamente contestado, pois não tinha, em nenhuma música, Riffs marcantes, e as letras eram em sua maioria, extremamente pobres. "Virtual XI" saiu em 1998, e foi igualmente contestado, sendo o disco menos vendido do Iron Maiden em sua história.

Os fãs pediam o retorno de Bruce, e eles foram atendidos. Em 1999, Bruce retornava ao Iron Maiden, notícia que levantou o ânimo de todos que adoravam o Iron. Junto com Bruce, Adrian Smith também retornaria à banda, mas sem a demissão de Janick Gers, o que resultou em uma formação com 3 guitarristas. Com o retorno de Bruce aos vocais, músicas originalmente gravadas com Blaze Bayley, viraram verdadeiros clássicos. Prova disso, é que "The Clansman" e "The Sign Of The Cross" são tocadas ao vivo até hoje.

Com a nova formação, o Iron mudou novamente a sua sonoridade. O que já foi Punk Metal e Heavy Metal puro, o que já teve toques psicodélicos e sombrios, agora tinha um som Progressivo, sem perder a atmosfera do Metal tradicional. É possível notar também, que nessa nova era, o Iron preza mais pela beleza das canções e composições do que pela potência das músicas e das letras.

A donzela retornou com tudo, no ótimo disco "Brave New World", que trouxe a banda de volta ao topo. Os fãs do Iron estavem carentes, já que o último grande lançamento da banda havia sido o "Seventh Son Of A Seventh Son". O álbum conta com músicas longas e belíssimas, como "Dream Of Mirrors" e "Blood Brothers", mas também tem músicas mais rápidas, como "The Wickerman" e "The Mercenary".


Em 2003, foi lançado o 13º álbum de estúdio da banda, o excelente "Dance Of Death", que é provavelmente o melhor álbum da segunda metade da discografia do Iron Maiden. O disco mescla novamente canções longas e belas com musicas rápidas e potentes. Além da faixa-título, outros destaques do cd são "Rainmaker", "Wildest Dreams" e "Paschendale". A decepção da vez fica por conta da capa, que é de longe a pior capa de um álbum do Iron.

Dando continuidade ao ótimo trabalho que a banda vinha fazendo, "A Matter Of Life And Death" trouxe um Iron mais pesado do que o habitual, e ao mesmo tempo, mais progressivo. Colocado ao lado de "Dance Of Death" pela maioria dos fãs como os melhores álbuns da nova fase da donzela, o disco nos apresenta canções como "Different World" e "The Reincarnation of Benjamin Breeg" .


Após 4 anos, e a longa turnê Somewhere Back In Time, o Maiden voltou ao estúdio para gravar o "The Final Frontier". Apesar de não ter a mesma qualidade dos 3 discos anteriores, o até agora último álbum da donzela foi muito bem recebido pela crítica e pelos fãs. Músicas como "ElDorado" e "Satellite 15...The Final Frontier" se tornaram clássicos modernos da banda, e ao que tudo indica a fantástica "When The Wild Wind Blows" permanecerá no setlist da banda por muito tempo.


Com quase 40 anos de estrada, 15 álbuns de estúdio, 36 singles, 12 álbuns ao vivo e com 22 integrantes que passaram pela banda (incluindo Steve Harris), o Iron Maiden é um ícone do Heavy Metal e é a principal banda do movimento que ficou conhecido como NWOBHM (New Wave Of British Heavy Metal). Atualmente, a banda está em turnê e pretende lançar mais discos para os fãs.